Olha, vou te contar uma coisa. No começo, eu ficava mais perdido que cebola em salada de frutas quando o assunto era regar minhas orquídeas suspensas. Sabe aquela sensação de não saber se está fazendo certo? Pois é, era exatamente assim que eu me sentia.
Você também fica na dúvida se está regando demais ou de menos? Relaxa, todo mundo passa por isso. O negócio é que essas plantinhas são um tanto manhosas quando estão penduradas. Elas têm seu próprio jeitinho de pedir água, e com o tempo a gente aprende a entender esses sinais.
As orquídeas em vasos suspensos são especiais. Não é à toa que elas chamam atenção em qualquer cantinho da casa. E vamos combinar, elas trazem um charme diferente para o ambiente. Mas esse charme todo vem com uma responsabilidade: cuidar da rega do jeito certo.
Pra começar, a maioria das orquídeas que a gente cultiva em casa são epífitas. Epa, calma lá! Não é nada complicado. Significa só que, na natureza, elas crescem agarradinhas em troncos de árvores, com as raízes expostas ao ar livre. Quando a gente pendura elas em vasos, estamos tentando imitar esse ambiente natural.
E sabe o que acontece com vasos suspensos? A água evapora mais rápido porque o ar circula por todos os lados. É tipo quando você pendura uma roupa no varal – seca muito mais rápido que aquela que fica dobrada, né?
Isso muda tudo na hora de regar. Nos vasos comuns, a água tende a ficar parada lá no fundinho. Já nos suspensos, ela vai embora rapidinho. Por isso que não dá pra regar do mesmo jeito que outras plantas.
Outro lance importante são as raízes. Já reparou como as raízes das orquídeas são diferentes? Elas são mais grossinhas e têm uma camada esponjosa chamada velame. É quase como se tivessem uma toalhinha em volta delas para absorver água. Bacana, né?
Um jeito que funciona super bem é o método da imersão. E é mais fácil que fazer miojo:
No verão, faço isso uma vez por semana. No inverno, estico pra 10 ou 12 dias. E te digo, as bichinhas respondem super bem. É como se fosse dia de spa pra elas!
Tem dias que não tenho tempo pro banho completo. Aí uso o truque do borrifador:
Isso é ótimo principalmente naqueles dias de calor, quando o ar fica seco. De manhãzinha, dou essa “chuvinha” nas minhas orquídeas e elas ficam uma belezinha o dia todo.
Essa eu aprendi com minha vó, que cultivava orquídeas antes mesmo de virar moda. É infalível:
É tipo o truque do palito no bolo, sabe? Super simples e evita aquele erro que todo mundo comete: regar quando a planta ainda não tá com sede.
As orquídeas são danadas de espertas e mostram quando estão com sede. Você só precisa prestar atenção nos sinais:
Isso foi uma revelação pra mim! As raízes saudáveis das orquídeas mudam de cor conforme a umidade. Quando estão bem molhadinhas, ficam verdinhas. Quando tão precisando de água, ficam prateadas ou meio acinzentadas.
No começo eu ficava na dúvida, mas depois que você pega o jeito, vira uma mão na roda.
Outra dica boa é pegar o vaso e sentir o peso. Substrato úmido pesa mais, substrato seco pesa menos. Nos primeiros dias você não vai perceber muita diferença, mas com o tempo seu braço vira uma balança de precisão!
Quando as folhas começam a ficar menos firmes, como se estivessem meio caidinhas, é sinal que sua orquídea tá pedindo água. Mas atenção: se já estiverem muito murchas, você demorou demais. Aí o negócio já ficou feio.
O erro número um, que eu mesma já cometi muito, é regar demais. A gente ama tanto nossas plantas que acaba exagerando. Mas orquídeas odeiam ficar com “o pé molhado” por muito tempo.
Minha primeira orquídea foi pro saco justamente por isso. Eu achava que estava cuidando bem, regando todo santo dia. Mal sabia que estava “afogando” a coitada! As raízes apodreceram e adeus, orquídea.
É aquela história: melhor pecar pela falta que pelo excesso. Orquídeas são bem resistentes à seca, sabia? Elas aguentam uns dias sem água numa boa. Já o excesso… aí complica.
Outra furada é regar de noite. Parece bobeira, mas faz diferença! A água precisa evaporar das folhas e do substrato, e isso acontece melhor de dia. Se você regar à noitinha, a umidade fica parada por muito tempo, e aí é convite aberto pra fungos e bactérias.
O melhor horário? Cedinho, lá pelas 7h ou 8h da manhã. Assim, se sobrar uma aguinha, o sol do dia dá conta de secar.
Uma coisa que aprendi na marra: evite molhar as flores! A água nas pétalas causa manchas e pode até encurtar a vida das flores. Foca em direcionar a água só pras raízes e pro substrato.
As orquídeas não pedem a mesma quantidade de água o ano todo. Elas são que nem a gente: no calor, querem mais água; no frio, menos.
No verão, as orquídeas ficam mais sedentas. Tá calor, a água evapora mais rápido e as plantas estão crescendo a todo vapor. Durante os meses quentes, eu rego uma vez por semana e, às vezes, dou uma borrifadinha extra nos dias mais secosos.
Já no inverno, as orquídeas dão uma desacelerada. A água demora mais pra evaporar, então é preciso regar menos. Nos meses frios, espaço as regas pra 10 a 14 dias, sempre de olho nos sinais da planta.
Um truque que uso no inverno é regar só quando o sol tá brilhando. Ajuda a evitar aquela umidade prolongada que as orquídeas detestam.
Não é só a quantidade que importa, mas também a qualidade da água. E não precisa nada chique:
Usa sempre água em temperatura ambiente. Água muito gelada dá choque nas raízes, e água quente pode cozinhar a planta. Eu deixo um regador separado com água, assim ela fica no ponto certo quando precisar usar.
Se puder, colete água da chuva. É a água que as orquídeas receberiam naturalmente e não tem cloro. Tenho um baldinho na varanda especialmente pra isso, e minhas orquídeas agradecem com flores lindas!
Se você usa água da torneira, deixa ela descansar um pouquinho antes. Enche um balde ou regador e deixa parado, sem tampa, por pelo menos 24 horas. O cloro evapora e a temperatura se estabiliza. Parece besteira, mas faz diferença!
Nem todas as orquídeas têm as mesmas manias. Algumas são mais exigentes, outras mais tranquilas. Aqui vão algumas dicas por tipo:
Aquelas orquídeas de flores grandes, que parecem borboletinhas, são as Phalaenopsis. São as mais comuns nas floriculturas. Elas gostam de secar completamente entre uma rega e outra. Geralmente, isso significa regar a cada 7-10 dias.
Tenho uma Phalaenopsis branca que só floresce quando deixo ela “passar sede” de vez em quando. Parece que precisa desse estressezinho pra dar flor!
As Dendrobium são aquelas de caules mais alongados e flores menores. Elas têm um período de dormência, geralmente no inverno, quando precisam de bem pouca água. Às vezes fico até três semanas sem regar minha Dendrobium no inverno.
Quando começam a mostrar sinais de crescimento novo (geralmente na primavera), volto à rega normal.
As orquídeas Vanda geralmente nem têm substrato, ficam com as raízes todas expostas. São umas bebedoras de água! No verão, posso regar quase todo dia, especialmente se estiverem ao sol.
Minha Vanda azul adora um banho de imersão duas vezes por semana, e olha, ela me recompensa com flores de dar inveja!
Alguns iteminhos simples podem facilitar muito sua vida na hora de regar:
Um regador com bico comprido e fino permite direcionar a água exatamente onde você quer. O meu tem um bico bem longo, perfeito pra alcançar os vasos pendurados sem precisar ficar subindo em banquinho.
Um borrifador que dá pra regular o jato é ótimo pra dias mais quentes, quando só uma nevoadinha já resolve. Comprei o meu numa loja de jardinagem, mas tem em qualquer lugar.
Uma bacia grande e transparente facilita o método da imersão. Dá pra ver quando as bolhinhas de ar param de sair do substrato, o que indica que ele já absorveu água suficiente.
Como saber se você acertou na mão? A própria orquídea vai te mostrar:
Uma orquídea feliz com a rega produz raízes novas, verdinhas e cheias de vida. Também começa a soltar folhinhas novas. Quando vejo uma pontinha verde surgindo, já comemoro!
Orquídeas bem cuidadas têm flores que duram mais tempo. Às vezes, minhas Phalaenopsis ficam floridas por 3 meses ou mais! É um show de resistência.
Folhas de um verde vivo, firmes quando você toca e com um brilhinho natural são sinais de que sua orquídea está bem hidratada e saudável.
No fim das contas, cuidar de orquídeas suspensas é meio que uma conversa silenciosa entre você e a planta. No começo pode parecer complicado, mas com o tempo vira quase instinto.
É tipo andar de bicicleta – depois que aprende, não esquece mais. Com as dicas que compartilhei, tenho certeza que você vai pegar o jeito rapidinho.
Lembra que cada planta é única, assim como cada casa tem um clima diferente. Então não se preocupe se precisar adaptar essas dicas ao seu cantinho. O importante é estar atento aos sinais que sua plantinha dá.
E quando sua orquídea florir – ah, que delícia! – toda a dedicação terá valido a pena. É uma satisfação que só quem cultiva entende.
Não é necessário toda vez, não. O ideal é adubar suas orquídeas uma vez por mês, usando um fertilizante próprio para orquídeas diluído na água. Eu costumo fazer isso na primeira rega de cada mês, até criei um lembrete no celular!
Com certeza! Folhas amarelando podem indicar tanto excesso quanto falta de água. Se estiverem amarelando e murchas, provavelmente é falta de água. Se estiverem amarelando e moles, com as raízes escuras, é excesso. Dá uma olhada nas raízes – elas contam a verdadeira história!
Olha, tem gente que faz isso, mas não recomendo. As orquídeas são plantas tropicais e não gostam de choques térmicos. O derretimento lento do gelo pode até funcionar para algumas pessoas, mas prefiro métodos mais naturais, como os que expliquei aqui.
É sim, e dos grandes! Orquídeas precisam de boa drenagem. Se seu vaso não tem furos, a água vai ficar parada e as raízes vão apodrecer. Ou você faz furos no vaso (com uma broca ou ferramenta adequada) ou troca para um vaso que já venha com furos.
É normal! As orquídeas têm períodos de floração e descanso. Uma Phalaenopsis, por exemplo, costuma ficar florida por 2 a 3 meses, e depois passa uns 6 a 9 meses sem flores. Durante esse “intervalo”, continue cuidando normalmente que ela vai florir de novo. Prometo!
Até pode, mas com moderação. Chuva ocasional faz bem, mas em períodos muito chuvosos é melhor proteger suas orquídeas para evitar excesso de água. E se a chuva vier com muito vento ou for muito intensa, melhor recolher as plantas para dentro de casa.
Não corta, não! Essas raízes aéreas são normais em orquídeas e ajudam na absorção de água e nutrientes do ar. Você pode borrifá-las de vez em quando para mantê-las hidratadas. Só considere trocar de vaso se a planta estiver muito apertada.
E aí, gostou das dicas? Espero que ajudem você a manter suas orquídeas suspensas lindas e floridas por muito tempo. Se tiver alguma dúvida ou quiser compartilhar sua experiência, deixa nos comentários. Adoro trocar ideias sobre plantas!
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