Planta Carnívora: O Que Ninguém Te Contou Sobre Essas Devoradoras de Insetos
Caramba! Desde a primeira vez que vi uma planta carnívora, fiquei boquiaberto. Sério mesmo. Acho que foi no quintal da minha tia, lá pelos meus 8 anos. Ela tinha aquela que fecha a “boca” quando tocada. Lembro até hoje do meu espanto ao ver uma planta que, em vez de ficar paradinha lá, se mexia e comia bichinhos!
Pra quem não conhece direito, essas plantas são verdadeiras sobreviventes. Já pensou em conseguir nutrientes em solos pobres onde nada cresce? Pois é, elas deram um jeito: complementam sua alimentação com insetos e outros invertebrados. Quer solução mais criativa que essa?
E o melhor: hoje em dia qualquer pessoa pode ter uma dessas em casa. Não precisa ser cientista nem ter polegar verde. Só um pouquinho de atenção e você vira dono de uma das criaturas mais intrigantes do reino vegetal.
Por Que Algumas Pessoas São Obcecadas por Dionaea muscipula?
Confesso que já perdi horas observando minha Dionaea (aquela da “boca” que fecha). Todo mundo conhece essa planta carnívora como Armadilha de Vênus, a celebridade do grupo. Ela tem pequenos pelos nas folhas que funcionam como gatilhos. Quando um inseto toca duas vezes nesses pelinhos – BAM! – a folha se fecha numa velocidade absurda.
Lembro do Gustavo, meu vizinho, que tinha uma coleção inteira na varanda. Uma vez ele me chamou pra ver uma de suas plantas pegando uma aranha minúscula. Ficamos uns 20 minutos ali, parados, esperando a armadilha fechar completamente. Parecia que estávamos assistindo o final da Copa do Mundo!
Mas não é só botar a planta em qualquer vaso e esperar que ela seja feliz. A Dionaea é chatinha viu? Precisa de terra ácida, bastante sol e – atenção! – nada de água da torneira. Os minerais da água comum podem acabar com sua plantinha rapidinho. Água da chuva ou destilada é o segredo. Visite o site
Minha Experiência com Planta Carnívora Dioneia: Dicas que Aprendi Quebrando a Cara
Quando comprei minha primeira planta carnívora dioneia, achei que seria fácil. Grande engano. Nos primeiros três meses, ela ficou meio tristonha. As “bocas” não fechavam direito e as folhas novas nasciam meio deformadas.
Depois de pesquisar muito (e quase matar a coitada), descobri que estava errando feio no solo. Essas plantas crescem naturalmente em brejos com terra super pobre. Por isso, precisam de um substrato especial, geralmente mistura de turfa com areia. Terra comum de jardim? Nem pensar! Vai entupir sua dioneia de nutrientes e ela não vai precisar caçar mais.
Ah, e aquela história de alimentar a planta carnívora com pedaços de carne? Péssima ideia! Meu primo Pedro fez isso e matou a dele em uma semana. Essas plantas não evoluíram para digerir carnes gordurosas. Deixa ela caçar sozinha, vai por mim. Se quiser muito ajudar, uma mosca de vez em quando já tá de bom tamanho.
Será Que Existe Mesmo Alguma Planta Carnívora Gigante?
Sempre que falo que cultivo plantas carnívoras, tem alguém que pergunta: “Mas e se ela crescer muito? Não é perigoso?” Daí já emendo: “Tá assistindo filme de terror demais, amigo!”
Vamos combinar: a maior planta carnívora do mundo é a Nepenthes rajah, com armadilhas do tamanho de um copo grande. Dá pra capturar um ratinho pequeno, e olhe lá. Nada de comer seu cachorro ou, pior ainda, seu irmão caçula (mesmo que às vezes a gente queira, né?).
Semana passada, tava conversando com a Débora, que acabou de voltar de uma viagem à Malásia. Ela fotografou várias Nepenthes gigantes e disse que ficou horas esperando o momento perfeito pra registrar uma captura. “Essas plantas são mais preguiçosas que meu gato”, ela brincou. Mas quando pegam a presa, é um show à parte.
O que mais me fascina é como cada planta carnívora tem sua própria estratégia de caça. Algumas têm folhas grudentas, outras criam pequenas piscinas de enzimas digestivas, e tem até as que fazem armadilhas tipo alçapão. Evolução no seu melhor, cara! Visite esse site aprenda mais
Você Sabia Que Temos Plantas Carnívoras Brasil Afora?
Muita gente pensa que planta carnívora só existe em floresta tropical distante ou em estufa de laboratório. Que nada! Aqui no Brasil, principalmente em Minas Gerais e na Amazônia, temos várias espécies nativas.
Ano passado, participei de uma trilha em Serra do Cipó e vi de pertinho várias Droseras, aquelas plantas carnívoras que parecem ter gotas de orvalho nas folhas. Só que não é orvalho coisa nenhuma! São gotículas supergrudentas que capturam insetos como se fossem papel pega-mosca.
A nossa guia contou que já viu turistas trazendo lupas só pra observar o processo de captura dessas plantas. E não é pra menos! Ver aqueles tentáculos se enrolando lentamente ao redor de um mosquito é tipo um documentário da National Geographic ao vivo.
Infelizmente, muitas dessas espécies brasileiras estão ameaçadas. O pessoal destrói os habitats nativos sem nem saber o tesouro que está acabando. Por isso acho tão importante cultivar essas plantas – é um jeito de preservar algo tão único da nossa biodiversidade.
Quer Ter Sua Primeira Planta Carnívora? Vamos Nessa!
Se depois de tudo isso você ficou com vontade de ter sua própria planta carnívora, tenho boas notícias: dá pra começar sem gastar muito. Mas vai um conselho: não comece pela dioneia. Apesar de ser a mais famosa, não é a mais fácil.
Comece com uma Drosera (aquela do “orvalho pegajoso”) ou uma Sarracenia (que parece um trompete). São mais resistentes aos erros de iniciante. Lembra da minha amiga Juliana? Ela começou com uma Sarracenia roxa e hoje tem uma coleção de mais de 20 plantas diferentes.
O ponto mais importante: nunca, jamais, em hipótese alguma, use água da torneira! Já falei isso antes, mas é tão importante que repito: água destilada ou da chuva. Só isso. Eu mesmo instalei um baldinho na área externa de casa só pra coletar água da chuva para as minhas plantas carnívoras.
E se suas plantas parecerem meio mortas no inverno, relaxa. Muitas espécies têm um período de dormência – é como se tirassem uma soneca prolongada pra economizar energia quando faz frio. Na primavera, voltam com tudo.
Ver uma planta carnívora em ação é tipo assistir um episódio da lei da selva no seu próprio peitoril da janela. É lento, é silencioso, mas é um dos showzinhos mais incríveis que a natureza inventou. E quem diria que algo que se alimenta de outros seres vivos poderia ser tão bonito, não é mesmo?